Tuesday, October 31, 2006

Esta bruxa chama-se Sandy

Bruxas. bruxinhas são tão queridinhas que até conseguiram um dia só para elas

Monday, October 30, 2006

Está tudo triste

Eu, nos meus melhores dias. Falta Deus. Mas temos a pátria e a autoridade.

Wednesday, October 25, 2006

Inspirações?

Inspirações? E agora digam lá se o bebé do Süskind ( O perfume –História de um assassino) não é um clone do bebe da Alice in Wonderland? Excerto, Alice no País das Maravilhas LBolso.E-A ( pag 64 a 69) “A porta abria directamente para uma grande cozinha, que estava cheia de fumo de uma ponta à outra: ao meio estava a Duquesa, sentada num banco de três pés, a embalar um bébe; a cozinheira estava debruçada sobre o fogão, a remexer um caldeirão que parecia estar cheio de sopa. «Com certeza que aquela sopa tem pimenta de mais! », dizia Alice para consigo, o melhor que pôde, por estar sempre a espirrar. Havia com certeza pimenta de mais no ar…Até a Duquesa espirrava de vez em quando e o bebé ora espirrava ora berrava, sem descansar um momento. Os únicos seres na cozinha que não espirravam eram a criada e um grande gato que estava aninhado junto do fogão, a rir-se até às orelhas. -Por favor, digam-me - disse Alice, um pouco timidamente, pois não tinha bem a certeza se seria bem-educado da sua parte ser ela a falar primeiro porque é que o vosso gato se ri assim? -É porque é um gato de Cheshire!- disse a Duquesa . Porco! Disse esta última palavra com uma violência tão súbita que Alice quase deu um salto; mas viu logo que estava a falar para a criança, e não para ela….”…”Alice não gostou nada do tom desta observação e achou por bem mudar de assunto. Enquanto tentava decidir qual havia de ser, a cozinheira tirou do lume o caldeirão da sopa e pôs-se a atirar com tudo o que tinha ao seu alcance à Duquesa e ao bebé primeiro foram as tenazes e logo a seguir as frigideiras, as travessas e os pratos. A Duquesa não ligava importância nenhuma, mesmo quando a atingiam: e o bebé já estava a gritar tanto que era impossível dizer se ficara ou não magoado com aquilo tudo. Oh. Por favor! Vejam lá o que lhe estão a fazer! - gritou Alice, aos saltos para cima e para baixo, completamente espavorida! -Ai, que deram cabo do rico narizinho! Disse ela, ao ver uma frigideira enorme a voar tão perto dele que quase lhe arrancava o nariz Oh!, não me maces disse a Duquesa. Nunca gostei de números! E com estas palavras começou a embalar o bebé outra vez, enquanto lhe cantava uma espécie de canção de embalar e lhe dava um suficiente safanão no fim de cada verso: Ralha sem dó Ao teu miudinho, Se ele espirrar, Bate-lhe só Que o marotinho. Quer é arreliar Uah!Uah!Uah! -Toma lá! Se quiseres, podes embalá-lo um bocado disse a Duquesa a Alice, atirando-lhe o bebé enquanto falava.-“…. Alice apanhou o bebé com uma certa dificuldade, pois era uma criaturinha com uma forma muito estranha. Estava sempre a estender os braços e as pernas de um lado para outro,« como se fosse uma estrela do mar» pensava Alice. O pobrezinho, quando ela o agarrou, resfolgava como uma máquina a vapor e estava sempre a dobrar-se e a esticar-se todo, de tal maneira que durante os primeiros minutos teve um trabalhão para o segurar….” «Se eu não levar esta criança daqui para embora comigo», pensou Alice, «de certeza que vão dar cabo dela dentro de um dia ou dois; deixá-la aqui não será um crime?» Disse estas últimas palavras em voz alta, e a criaturinha respondeu com um grunhido (já tinha deixado de espirrar nessa altura). -Não grunhas disse-lhe Alice. - Isso não são maneiras de falar… O bebe grunhiu outra vez e ela olhou-lhe ansiosamente para a cara, a ver o que é que ele tinha. Não havia dúvida de que tinha um nariz muito arrebitado, que se parecia muito mais com um focinho do que com um verdadeiro nariz, os olhos também eram pequenos de mais para serem de um bebé: em resumo, o aspecto geral dele não estava a agradar mesmo nada a Alice. «Mas talvez ele estivesse só a soluçar, pensou ela, enquanto lhe observava outra vez os olhos, para ver se tinha lágrimas. Mas não, não tinham lágrimas. Se tu vais dar em porco, meu querido, disse Alice gravemente, não quero mais nada contigo! Agora vê lá bem! O pobrezinho pôs-se a chorar outra vez (ou então a grunhir era impossível de perceber) e, durante algum tempo, lá foram os dois em silêncio. Alice estava já a matutar para consigo: «Que é que eu hei-de fazer com esta criatura, ao chegarmos a casa?», quando o bebé se pôs outra vez a grunhir com tanta força que ela olhou de novo para a cara dele, muito preocupada. Desta vez não havia dúvida nenhuma: ele era nem mais nem menos do que um porco. Alice sentiu então que era completamente absurdo continuar com ele ao colo por mais tempo. Por isso depositou a criaturinha no chão e sentiu-se muito aliviada ao vela trotar calmamente pelo bosque fora.” Se ele tivesse crescido», continuou ela a falar sozinha, «dava uma criança terrivelmente feia: mas, como porco, é bem bonito…acho eu»

Tuesday, October 24, 2006

Plágios, interpretações, inspirações, transpirações

Plágios interpretações ou inspirações? M Sousa Tavares é obrigado a ouvir dizer que parágrafos inteiros do livro "Cette Nuit la Liberte" foram copiados por ele, para o “Equador,”da sua autoria, agora posta em causa. Já li o Equador há uns tempinhos. Lá vou ter que ler o “Cette Nuit la Liberte”. Será? Mas, à partida, tomo partido pelo MST. Porquê? Questão de química. Mas confesso que esta coisa dos plágios, interpretações e inspirações são 3 campos relativamente indeterminados. Vejam lá o que me aconteceu no sábado passado. Peguei no 32ª edição do Perfume, História de um assassino”1985, Ed. Presença,. Leram bem, 32º edição!!! É obra. (vem aí, o filme) . E conheci o bebé/porco /Jean-Baptiste Grenouille Principio do livro: é nauseabundo o fedor a peixe podre, onde o protagonista Jean- Baptiste Grenouille nasce: debaixo de uma banca de peixe, à beira do rio Sena. O próprio é confundido pela mãe, vendedora de peixe, com as vísceras de peixe morto e podre. Jean Baptiste é o bebé- porco, por definição.

Plágios interpretações ou inspirações? Ele torna-se alquimista-perfumista. Dar vida a um perfume iria liberta-lo do seu nascimento fedorento e a morte purificadora do mundo será por ele protagonizada, milimétricamente e executada nas suas vítimas. Quando bebé, Jean- Baptiste Grenouille já era diferente dos outros. Leiam a transcrição (excerto pp. 23 e 24) : “ Foi então que a criança acordou. O seu despertar começou pelo nariz. O minúsculo nariz mexeu-se, contraiu-se e fungou….”….”… As minúsculas asas destas minúsculas narinas, a meio do rosto da criança, dilatavam-se como uma flor a desabrochar….” “Terrier tinha a impressão de que a criança o olhava com as narinas... e Terrier sentiu-se repentinamente fedorento, a tresandar a suor e vinagre, a couve –roxa e a roupas sujas.”…Invadiu-o uma sensação de repugnância. Chegara, agora, a sua vez de torcer o nariz como perante algo malcheiroso e com o qual nada queria ter a ver.”…” E foi então que a coisa começou a chorar. Franziu os olhos, escancarou as goelas rosadas e soltou gritos tão assustadoramente agudos, que Terrier sentiu o sangue gelar-se-lhe nas veias… Com o braço estendido, sacudiu o cesto, gritando « guli-guli» para fazer calar a criança, mas esta chorava com mais força ainda e o rosto adquiriu um tom azulado como se os pulmões fossem rebentar-lhe..."

Não leram este pestilento episódio noutra história?Inspiração ou plágio?

Vai dar um filme: é altura de denunciar Süskind. Ao ataque, meus bravos!....

Monday, October 23, 2006

destino dos livros

Story Vi um filme, há cerca de duas semanas, em que a personagem central se chamava “Story”. O que me atraiu no guião foi o facto de a personagem ir debitando, uma estória, melhor, uma lenda de embalar. O palco era um condomínio privado. Story revelara-se ao guarda do condomínio, espécie de refugiado da vida real (tratava-se de um médico triturado pela vida) que Story elegeu como seu porta voz.
Mas Story usava um código de comunicação muito limitado (esticar o dedo indicador era um Sim, espalmar a mão, era um Não, etc, e o médico viu-se, em palpos de aranha para “apanhar” a história que Story ia desfiando e desfilando. Ia sendo ajudado pelos outros moradores…Claro que não vou contar. Vejam o filme! O curioso é que cada morador tinha, ou melhor, era uma personagem da própria lenda. Só conseguiram desatar a narrativa com a colaboração de todos. E a Story ganhou a sua Liberdade E cada um percebeu qual o seu Sentido para a Vida. Happy end. O lema podia pois ser , todos por um e um por todos. Sozinho ninguém se safa. O que me fez lembrar: o destino dos livros Eu tenho paredes cobertas de estantes e estantes cobertas de livros. Os livros vão sendo comprados, empilhados… Depois arrumados. Às vezes não são sequer arrumados, vão colapsando, em leque, em busca do chão, num número de circo. Alguns são lidos. Outros não. Vão empalidecendo as folhas, naquele seu destino de ficar à espera… mas nunca chegou a vez de deles... Decididamente, cada livro devia ter um destino, um sentido… para mim. Já que eu sou responsável pela sua existência no meu cosmos pessoal. Como a Story era para as suas personagens. Mas eles encontraram-se uns aos outros na lenda e eu ando à procura de Deus em cada concha da praia. Ora, com o número de conchas que há, dá mais que duas horas de filme, não sei como vou conquistar a meu sentido ou a minha liberdade.

Thursday, October 19, 2006

Muhammad Yunus criador de "bancos"

Muhammad Yunus Do banco do trabalho à banca rota: Muhammad Yunus, galardoado com o prémio Nobel da Paz de 2006 poderá criar um partido político “livre de corrupção” para competir nas próximas eleições do Bangladesh. “Levarei adiante a minha campanha a favor de candidatos limpos e competentes para as eleições nacionais e, se necessário criarei um partido político”, declarou Yunus bla,bla 1ª. critica: Este prémio que ele recebeu, agora, por emprestar dinheiro a pobres, através de um banco que criou, por acreditar que a riqueza maior do homem é a sua força de trabalho, não devia, antes ter sido um prémio Nobel da Economia?
2ª crítica Agora, aquela dos candidatos limpos e competentes, vai levar todos, incluído Muhammad à banca rota. Não será ?

Wednesday, October 18, 2006

Santa, faz-me o favor

Já que existes noutra dimensão!
Faz-me o favor de amanhã, não me obrigares a ouvir aquela voz de cana rachada, sons de ensurdecer um surdo.
Faz-me o favor de iluminares aquela cabeça de rato.
Deixa lá o marido da mulher, ir a casa, aos serões.
Torna-lhe a menopausa mais suportável.
Ela está chupada pelas carochas, mas eu não tenho culpa.

Para cima Pinto Monteiro

Se foi chumbado o nome de Gomes Dias proposto, por Pinto Monteiro Se o chumbo veio do Conselho Superor do Ministério Público Se Gomes Dias já foi prejudicado duas vezes para conselheiro do STJ Ou muito me engano, ou temos Procurador-Geral! Há "desaires" que soam a violinos, na opinião pública.

Monday, October 16, 2006

Esta senhora tem direitos

Esta senhora tem direitos. Um deles é de usar Burca. Abaixo as declarações de Srº Phil Wooles ao Sunday Mirror "Ela deve ser despedida. Colocou-se numa posição que a impede de exercer o seu trabalho" E isto porquê? Porque Aisham Azmi, 23 anos, que ensina inglês numa escola primária em Dewsbury ( norte de Inglaterra) escolheu dar aulas de burca. Este despedimento nasce de uma mente ocidental e democrática. Que tal proibir os padres de usar "saias" (sotainas)?

Thursday, October 12, 2006

Disparar a matar GNR

Mesmo nas operações STOP Estão abolidos os não -julgamentos. Está abolida a pena de morte. O Inspector-Geral diz: deixe-os fugir! Era preciso o IG dizê-lo, Mister?

Wednesday, October 11, 2006

Procura o quê ?

Pinto Monteiro Novo Procurador- Geral Repararam que aos 64 anos não tem barriga, tem farta cabeleira e uma cara sem rugas? Podemos deduzir, sem margem para dúvidas (conjectura sólida) que são os milagres da cirurgia estética. E, agora, como é que um homem com esta particularidade e hábitos, pode dar um bom Procurador – Geral? Não pode! Aliás, repararam que o Cavaco, na posse ia de gravata amarela? Está tudo dito! Na verdade, o que é que ele procura?

Friday, October 06, 2006

“De Belém, não saiu a sombra de uma ideia, o mais vago indício de uma vontade…Embora espremido e dorido, Portugal não mudou” (Pulido Valente, Público ,06-10-06) E o texto que vos dedico: Somos filhos da Carbonária, do terrorismo e não da Madrugada. O saudoso Zeca viveu, em vão, seus ideais. Ele amou, poemou e cantou. A mim resta-me a memória remota de algumas das suas frases e sons. A memória é (quase) a parte boa do Portugal Espremido. Como diz Pulido Valente “ Se por muita sorte escaparmos desta, ficamos prontos para a próxima”

Wednesday, October 04, 2006

Atestados médicos

Já pensaram que os médicos podem (se forem assalariados do patrão e é no patrão que está o ganho, o poder de compra) dar como doentes os trabalhadores incómodos. Dizer que eles são malucos, (Gulac) esquizofrénicos, inadaptados, "sindicalistas", adoradores de Alá, sidosos, manquinhos, ceguetas e outras coisas. Porquê tanta fé nos atestados médicos? .